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Nós e os sons – equipe Centro

Barbearia no Centro de Cachoeira

Barbearia no Centro de Cachoeira

É estranho parar para pensar toda vez que alguém nos manda relatar nossas impressões sobre determinadas experiências. Você faz um esforço enorme pra tentar lembrar o começo de tudo: o primeiro contato, o nervosismo provocado, a ansiedade e o alívio (se for prazeroso, claro).

Como descrever o nosso primeiro contato com o som? Acho que já dá pra tentar começar com: diferente, novo, interessante. Éramos os 4 – Eu (Laiana), Vinicius, Alaine e Lorena – completamente inexperientes e quando chegamos pela primeira vez na aula de som “voamos” um pouco. Era muita coisa nova de vez. Mas quando o projeto do Mapa Sonoro foi mencionado, toda aquela dispersão deu lugar a olhos brilhantes e atentos no exato momento.

Captando a barbearia

Captando a barbearia

Ninguém entendia nada ainda, mas todo mundo já estava empolgado querendo sair pras ruas para captar e se sentir o técnico de som. Ninguém nem sequer sabia como mexer nos botões ainda – isso para não mencionar todas as vezes em que achávamos que estávamos todos impecáveis e arrasando gravando mil e um sons, mas o “rec” que é bom ninguém tinha apertado. Então, quando as captações de fato começaram, difícil era saber a hora de parar e cada um ceder a vez ao parceiro.

Cada um sentiu uma coisa diferente ao colocar os fones e se isolar completamente do mundo, permitindo que apenas os sons adentrassem e fizessem moradas em sua mente. Mas a sensação em comum é de paz. É como se você se permitisse a conhecer aqueles sons que você escuta constantemente, mas agora com muita atenção. É um nível de conexão com as sonoridades difícil de conseguir relatar.

Fim de feira no Centro de Cachoeira

Fim de feira no Centro de Cachoeira

“Captar sons me proporcionou uma experiência muito gostosa de ser vivida. No momento em que coloquei o fone de ouvido e dei início a captação, foi como se a porta de um mundo sonoro paralelo se abrisse. Nesse mundo acostumei meus ouvidos a prestar atenção em sons que antes passavam despercebidos, barulhos comuns a nós, mas que na correria do dia a dia não damos importância. Na Feira pude captar conversas de pessoas negociando, sons de barracas sendo desmontadas, frutas sendo arrumadas, sons comuns aos quais passamos a achar interessantes na medida em que direcionamos o gravador.” (Alaine)

Laiana captando o som do centro noturno
Laiana captando o som do centro noturno

A experiência ainda não acabou então muitas captações ainda rolarão. Sem mencionar que o gostinho final, a etapa mais aguardada e sonhada será quando o Mapa estiver pronto e todo montadinho. Essa sensação a gente nem sequer sonha ainda, pra não deixar ninguém ansioso demais. Mas o fato é que vai ser lindo poder ver algo construído em conjunto ali prontinho na internet e a serviço de qualquer pessoa.

Equipe Centro (Laiana Soares, Vinícius Neri, Alaine Bitencourt e Lorena Santos)